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 Em 1837 
Engelmann registou um processo de litografia a cores a que chamou cromolitografia. 
Alguns anos mais tarde começaram a vulgarizar-se pequenas estampas produzidas 
por este processo a que se chamava cromos. A 
Itália era uma grande produtora destas imagens cromolitográficas. 
Uma das formas como eram vendidas era a integração, como decoração, 
nos topos e bases das caixas de fósforos. Já na década de 
1870 algumas destas imagens eram numeradas e formavam colecções 
temáticas que incentivavam ao completamento das colecções. 
A mesma ideia foi utilizada no comércio de chocolates, cigarros e outros 
produtos mas inicialmente os cromos eram guardados em cadernos. Em finais do século 
XIX apareceram em França os primeiros albuns para colar os cromos oferecidos 
com chocolates. O 
passo seguinte foi a transformação dos próprios cromos coleccionáveis 
num produto vendável. As circunstâncias dessa evolução 
são incertas, mas parece que esta inovação ocorreu em Espanha 
cerca de 1940 quando a Editora Gato Negro (mais tarde Bruguera) colocou no mercado 
o primeiro álbum dos Cromos Cultura. É provável que esta 
colecção fosse já vendida em envelopes surpresa. Em Portugal, 
a primeira colecção foi posta à venda em 1952 pela Agência 
Portuguesa de Revistas (APR). Os cromos em envelopes surpresa têm um cariz 
particular no facto de, durante a sua época de ouro, serem característicos 
de uma zona geográfica limitada, constituída por Espanha, Portugal, 
Itália e países da América Latina. Os apontadores laterais 
conduzir-vos-ão a textos, índices e imagens que ilustram os primeiros 
17 anos destes cromos em Portugal.  |